agosto 29, 2010

Presente Instabilidade

É bom olhar pra trás e sorrir, e RIR de tudo. É bom olhar pra trás e saber que, agora, está tudo bem (será que sempre esteve?). De tanto pensar no futuro, agora que ele chegou, eu penso no passado...


De vez em quando, a gente sofre por renunciar ao que gosta. Bom mesmo seria não ter que renunciar a nada e viver com tudo o que se ama em harmonia. Será que um dia a gente consegue? Nesses segundos passam pela minha cabeça quantas vezes eu abracei um futuro que eu nem tinha certeza que daria certo; mas eu SABIA que daria certo, porque TINHA QUE ACONTECER. E agora que a realidade é outra eu vejo que o que eu desenhei pra mim acabou fugindo por entre meus braços... Ou será que apertei tão forte junto ao meu corpo que fui eu mesma quem acabou com tudo?

Uma coisa eu já decidi: farei da minha vida um quebra-cabeças. Cada peça vai ser um plano, um objetivo. Mas não vou cometer os mesmos erros de antes, não senhor. Minhas peças serão coletadas, digamos assim, no Presente (aquele tempo entre o Passado e o Futuro, lembra?). E aqui vai mais uma decisão de última hora: sonhar com os pés no chão. Não se preocupe, eu não vou sonhar menos, vou sonhar melhor. O meu caminho vai ser mais certo. Quando se tem o que se quer nas mãos, sabemos que as dificuldades, as quedas e os machucados, de certa forma, ajudaram. Veja, a derrota é tão necessária quanto o triunfo. Caso contrário, não saberíamos lidar nunca com a frustração. E é por isso, por já ter andado muito em direções erradas, por já ter tropeçado muito na estrada da vida que a única certeza que eu tenho é: há que se dar um passo de cada vez. Não adianta querer dar um salto maior que a perna, nem querer sair atropelando todo mundo que estiver na sua frente. Tampouco adianta andar pra trás ou pular etapas, pegar atalhos, pra ver se chega primeiro. Percebi que tudo tem sua hora e finalmente me conformei de que o tempo não volta.

Já não vejo timidez como fraqueza. Já expus o meu eu de várias maneiras e a conclusão é que não vale tanto a pena. Decidi agir com mais moderação e só ser audaciosa quando realmente a minha audácia for merecida. Talvez eu mude de planos, de peças. Talvez de caminho. Talvez de amor. Mas agora, depois de ter caído e me levantado e, depois de ter visto quão bem isso me fez, já não me assusta a instabilidade.

Pelo contrário, nestes últimos dias, sou obrigada a reconhecer a presença desta em minha vida, muito mais do que eu gostaria, na verdade. E aprendi que a instabilidade pode ter um sabor gostoso, quando se sabe que ela existe e se aprende a conviver com ela. É simples: você constrói aquilo que pode construir, ergue aquilo que dá pra erguer e pronto. Ultimamente, só tenho me lembrado de nunca me esquecer que ela está por perto, e me projetar num futuro tão frágil quanto um castelinho de areia.

Um comentário:

  1. Como sempre, escrevendo muito bem minha amiga, saudade e mantenha contato via orkut ou 82220842, quero conversar contigo sobre um assunto que deves dominar, tchau e fica com Deus.

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